09 abril 2017

A Cabana - The Shack

Terminei um namoro falido e, triste fui ao cinema desopilar... O filme: A Cabana...
Li o livro anos atrás por indicação de uma pessoa que gostava muito (verbos passados são tão tristes, mas a vida é assim...) e dentro das tristezas permanentes que tenho em mim, está a perda do meu pai. Simplificando: meu pai era minha fé, esperança, conforto, amor incondicional, trevo de quatro folhas, girassol... Com ele ao meu lado TUDO PODIA DAR ERRADO QUE ELE ESTAVA LÁ PARA ME SALVAR E INCENTIVAR-ME A TENTAR NOVAMENTE... Perdi ele num domingo, o pior da minha vida!
Entrei na sala de cinema, a cadeira H6, escolhida a dedo, ninguém por perto...  Na hora que o filme começa um rapaz sobe as escadas e eu penso: 'Ele não pode vir pra cá'... E o inconveniente sentou-se ao meu lado, para meu desconforto. Pensei: 'Será um daqueles dias que vou ter que me 'emponderar'? Se for, ele escolheu um péssimo dia, estou destilando meu 'sagitarismo' e meus cascos estão afiados.'
Ele sentou-se, ajeitou-se e o filme começou. Às vezes a presença de um estranho ao meu lado incomodava-me a ponto de eu ficar sem ar, mas com o passar do filme fui relaxando, e eu só cuidava para ele não ouvir meu choro descontrolado ou para que minhas lágrimas não desabassem nele. Era difícil controlar o soluço, mas eu não era a única chorona da sala, às vezes eu ouvia um funga funga...
O filme terminou e tive que me recompor rápido. A cara de choro era quase unânime no cinema. Saí apressada, fui ao banheiro, na entrada uma senhora pergunta: "Que achou do filme?" E eu quase pedindo um colo respondi: "Eu li o livro, bom."
Falar cinematograficamente do filme seria eu avaliar uma aula de catequese... Não fui pelo filme, mas pela mensagem...
"E pasme, 'Papai', sinto que não estou sozinha, e minhas lágrimas não pararam ainda, mas a dor está suportável e haja o que houver, o desespero nunca mais vai me pegar desprevenida, pq eu não estou sozinha..."
É bom quando a gente renova a fé, independente fé no que seja...

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