21 janeiro 2007

Uma paixão platônica! (Parte I)

Falando em amor...
Não sei muito bem o que é...
Não sei dar uma definição exata...
Tenho certa dificuldade em reconhecer e lidar com os sentimentos...
Mas conheço bem as sensações...

Vou contar uma história...

Ela era uma menina de 12 anos... Ele um menino de 11...
Não sabiam nada sobre amor, paixão, desejo...
Mas tinham uma vontade incontrolável de estarem sempre juntos... e estavam!
Uma grade os separava...
O máximo que aconteceu pela grade foi a mão dele tocar na mão dela...
E assim foi por uns 3 anos consecutivos...
Ele assobiava e ela corria para frente da casa...
O horário era sagrado... o encontro era certo!
O coração acelerava... a respiração ficava difícil de controlar...
Eles ficavam horas e horas conversando com olhares...
A grade que os separava era imponente e absoluta...
E a paixão tornou-se platônica...
Ela tinha medo de perder o encanto...
Ele tinha medo que ela perdesse o encanto...
Então eles cresceram e de repente os encontros não mais ocorreram.
Todas as vezes que eles se encontravam pela rua ela baixava a cabeça.
Ela se orgulhava daquela história.
Então os anos passaram... exatamente 19 anos!
Em uma bela noite eles se encontraram... ela não teve tempo de desviar o olhar...
Ela – uma mulher!
Ele – um homem!
O coração reconheceu e disparou como antigamente!
Conversaram por horas e horas... mas não o suficiente para colocar toda a conversa em dia!
Falaram sobre o passado...
Em algum instante ela sentiu-se com 12 anos novamente... e teve medo!
Medo de perder o encanto...
Ele olhava nos olhos dela... e ela sempre desviava...
Ele falava coisas bonitas e ela fingia que não acreditava em nada!
Ela tentou colocar aquela grade no lugar de novo...
Ele pela primeira vez não se importou com a grade...
(continua)

2 comentários:

  1. Quase os consigo ver... quase consigo imaginar essa grade que é e depois quase deixa de ser...

    Não há muitas histórias como essa... momentos que são anos, que são vidas quando os reencontros são porque têm de ser... estão escritos...

    Continua?

    Então continuo a imaginá-los...

    Um grande beijo

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  2. Querido Nuno,

    Continuo... ainda que não saiba o final... talvez seja uma história sem fim... ainda não sei...
    Queria escrever mais, mas as palavras estão todas espremidas aqui dentro, aguardando um momento, mas esse momento eu não sei qual é...

    Beijos e mais beijos.

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