18 fevereiro 2019

Diálogos possíveis na vida imitando a arte

Rei: -Me diga uma coisa, Lika...
Você está feliz neste mundo moderno? Ou você precisa de mais? Existe algo mais que você está procurando? Estou caindo, e em todos os bons momentos me vejo almejando uma mudança. E nos momentos ruins, eu tenho medo de mim mesmo!


Lika: -Me diga uma coisa, Rei...
Você não está cansado de tentar preencher esse vazio? Ou você precisa de mais? Não é difícil manter toda essa energia? Também estou caindo, e em todos os bons momentos me vejo almejando uma mudança. E nos momentos ruins, eu tenho medo de mim mesma!


Se você me ver ficar poderosa, se você me ver ficar 'alta', segure a minha mão e me puxe! E se você quiser, faço o mesmo por você...

Inspirado no filme Star Is A Born, Shallow...

Sobre um fim de semana em que minha alma foi despida a 'ferro' e 'fogo'... Sobre encontros e desencontros... Sobre sincronicidade... Sobre o cansaço de ser intocável... Sobre conversas intermináveis... Sobre acasos afortunados... Sobre não precisar jogar, não precisar mentir, sobre aprender a confiar, e sobre início, meio e ...


05 fevereiro 2019

Réplica...

Não é sobre pedir desculpas (e não é mesmo), e querer ver longe... Talvez seja sobre coisas que não sei lidar, e que não sei nominar!

Não é sobre estar egoísta, sentir ciúmes e ao mesmo tempo desejar que sejas feliz, respeitar o livre arbítrio, e ter raiva por determinadas e específicas escolhas... Talvez seja sobre paradoxos e honestidade necessária!

Não é sobre amor, nunca foi sobre paixão, talvez seja sobre amizade, ou algo parecido e mutante... Dá vontade de ficar perto, de contar a vida (desde os pequenos acontecimentos banais, até os fatos que mudam o destino).

Não é sobre querer estar perto sempre, mas sobre uma necessidade de que isso seja habitual.

É sobre sentir uma segurança absurda perto, intimidade quase absoluta, afinidade onipotente... É sobre admirar alguns defeitos e outros tolerar, é sobre tolerar algumas qualidades, mas muitas admirar.

Não sei e não preciso saber o que é, porque já é/era especial e isso basta/bastava... É sobre saber o que não é, e muitas pessoas acharem que é o que não pode ser... Mas tanto faz, e às vezes é engraçado, outras, não falar é deboche, mas a real é que não é da conta de ninguém, porque quem define, limita, e é sobre liberdade...

Mas daí vem o ciúmes que é, e não pode ser, e vem a vontade de mandar longe, e vem apenas a necessidade de desentalar, porque jogar pedra ainda faz estragos 'ilegais', embora 'legais'...

É sobre não querer 'tréplica', é sobre entender que tudo tem fim e aceitar, negando... Ou negar, aceitando...

É sobre algo que nunca senti antes, e na vida já senti de quase tudo um muito: amor, paixão, ódio, vontade de matar... Não é sobre isso!

Tem muito mais entre a nossa amizade do que supõe minha vã filosofia, física, química, biologia, matemática, português e poesia...

Não é texto do blog, mas é tão bonitinho e poético que vale o registro... (Mais uma vez a maldição do blog se consuma: quando um sentimento vira texto, em seguida fica 'obsoleto' e 'evapora', ou cria vida e vai embora...)

04 fevereiro 2019

Para luzir o dia!!!!!

Há dias ela tenta lembrar de alguma boa sensação que a faça emergir...
No rádio toca uma música e ela, imediatamente, é transportada para a sua frase de estimação: "O improvável um dia acontece"!
Ela está no parapeito da janela, a cerveja já está quente no copo, e eis que surge um brilho latente no olhar....
Ela levou um choque ao perceber que estava sentindo aquela sensação de 'pertencer' a alguém sem estar presa, e que isso podia ser inclusive perene, e ainda, que ela não precisava mais ter medo do tédio... Ela nunca ficaria entendiada ao lado dele, pelo menos não enquanto houvesse interesse mútuo e recíproco!
Então ela ajeitou-se no parapeito para que o choque não a tombasse do terceiro andar do Jupiá. Fechou os olhos, uma brisa vinha pela janela, e então ela recordou com carinho da história da primeira (e agora não mais única) vez que sentira essa sensação: Libertador e Aterrorizante (definiu em silêncio)!
Quando o coração elege não tem para onde correr...
Na mão um cigarro que ela segura com a mesma displicência que leva a vida.
Ela se vê no reflexo da janela do vizinho e tem um diálogo silencioso com ela mesma. Ela finge entender desse sentimento de 'pertencimento', mas a sua condição de turista é evidente, então, assustada, enxerga um letreiro em neon apontando para o 'caminho de volta'... "Já está tarde", diz a voz do reflexo... E ela sabe que dentre seus superpoderes não está o de escrever finais felizes...

Ao som de LOVE COMES TO EVERYONE.

Ela desceu do parapeito, apagou o cigarro no cinzeiro, tomou a cerveja em um gole só... Não existe nada mais libertador do que "pertencer" a alguém de livre, espontânea vontade, todos os sentidos e desejos... E é aterrorizante não poder viver isso...

P.S.: Ela pretendia apenas que ele soubesse que isso é amor!